Oh, Thaís! | Artist and Designer

CONEXÃO NA CIDADE DO MÉXICO: Saindo do aeroporto

Se você tem sede de conhecer o máximo de lugares possíveis que nem eu, já deve ter optado em comprar uma passagem com tempo de conexão maior só para poder dar uma saidinha do aeroporto. Esse tipo de viagem mais quebradinha me agrada porque viagens muito longas de avião me cansam demais e assim, posso respirar o ar de mais um lugar novo.

Para mim, o México era um daqueles países que até estavam na minha bucket list, mas que se eu tivesse uma provinha antes de comprar uma passagem e me mandar para lá, seria melhor. Portanto, o que eu fiz na minha última viagem aos EUA, foi comprar uma passagem com seis horas de espera na ida e um dia inteiro na volta na Cidade do México, pela Aeromexico. Supostamente, esse tempo seria suficiente para eu sentir o terreno e decidir se voltaria depois para uma viagem mais longa ou não.

Como eu já sabia de antemão, seis horas de espera entre um voo e outro se transformam em bem menos por causa do tempo de eventuais atrasos, desembarque, passagem pela Polícia Federal e bagagem.

Eu acho que isso depende da companhia aérea mas, normalmente, a bagagem é despachada do aeroporto da sua cidade diretamente para o aeroporto do seu destino final e você não precisa se preocupar com isso durante a viagem, mesmo que ela tenha mais de uma conexão.



Só que dessa vez, assim que chegamos em CMX, tivemos que pegar nossa bagagem e colocá-la em uma outra esteira que seguiria para o destino final. Portanto, é muito importante que você contacte a companhia aérea e pergunte para onde a sua bagagem é levada e se você pode sair do aeroporto. Sim, em alguns países é exigido o visto de trânsito e é bom que você se informe sobre isso também.

EDIT:

Muitas pessoas me perguntaram nos comentários se eu precisei de algum visto para entrar no México e sair do aeroporto e a resposta é não.

Minha viagem foi entre julho e agosto de 2014 e, tanto na ida, quanto na volta, eu simplesmente mostrei o cartão de embarque do voo seguinte na imigração, disse que ia passar as horas de espera passeando pela cidade, eles carimbaram meu passaporte e pronto. Não sei se de lá pra cá algo mudou, portanto, meu conselho continua sendo não só o de checar no consulado mexicano, mas como o de ligar e confirmar com a companhia aérea. Isso é muito importante!

Depois do desembarque e malas despachadas, eu tinha mais ou menos três horas para circular pela cidade e por quê? Porque mesmo já tendo o cartão de embarque do trecho seguinte em mãos, precisava estar no aeroporto 1:30h antes do horário do próximo voo.

Tá vendo só como aquela escala grande não é nada quando a gente decide sair?

A Cidade do México é gigante – maior e mais caótica do que São Paulo – e, felizmente, conta com um sistema eficiente de metrô, com uma estação já na saída do aeroporto. Pesquisei e já tinha anotado comigo as estações de metrô que deveria descer para ir a zona que eu queria conhecer: La Condesa, o bairro boêmio.

Como já era noite quando cheguei lá, fiquei com um pouquinho de medo porque as ruas da CMX são MUITO escuras! Mal iluminadas mesmo, fiquei bem surpresa. Eu que já sou cega quando tem luz, imagina lá! Parada tensa mesmo…

Poucas pessoas estavam na rua (era dia de semana) e, para piorar, meu espanhol é péssimo. Sério, eu acho que sou a única brasileira que não consegue engatar uma conversa em espanhol. Eu até entendo o que eles falam, mas eu não consigo me fazer entender.

Segui minha intuição e as poucas instruções que consegui absorver do carinha que perguntei para chegar aos bares e restaurantes. Antes, passei por uns três lugares onde vi pessoas dançando. Aquilo que falam dos mexicanos, que eles adoram dançar é a mais pura verdade. Eles não param de dançar um minuto! Bom, infelizmente, eu só tinha tempo mesmo para jantar e voltar para o aeroporto. Senão, eu ficava por lá mesmo. :B

O La Botica, o bar que acabei entrando, era bem legalzinho, do tipo que as pessoas passam para relaxar um pouquinho depois do trabalho. Cada grupo reunido, tomando sua cervejinha e comendo o que eles colocam na sua mesa assim que você sentava, e o que eu não descobri até hoje o que era.

Aperitivos no La Botica Mezcalería
Seriam amendoins? Feijões?? Sementes???

Pedi a coisa mais identificável do cardápio e fiquei ali aproveitando o momento. O que eu mais adoro quando viajo é observar as pessoas no seu “habitat natural” e reconhecer que apesar da cultura diferente, todos nós fazemos as mesmas coisas.

Um cara de um dos grupos puxou assunto comigo e me chamou para sentar com eles. Apesar do papo não ter rolado direito (é muito difícil achar mexicanos que falem inglês), deu para ver que eram boas pessoas e bem animadas. Eu até dancei com um deles – salsa, ai meu Deus, eu nunca tinha dançado salsa na vida, ainda mais assim, pra valer! Me senti gringa sambando pela primeira vez no Brasil. Haha

Pena que não pude ficar mais. O trajeto de metrô era longo e eu não ia arriscar pegar um táxi naquela escuridão toda na minha very first noite no México. Me despedi dos mais novos velhos amigos de infância que nunca mais irei ver de novo – a vida de viajante solitária é cheia deles – e voltei sã e salva para o aeroporto. O que eu fiz na conexão de volta dos EUA, eu conto em outro post.

Se você quiser sair do aeroporto durante uma conexão, preste atenção no que eu vou dizer abaixo.

DICAS:

E você? Já deu uma “rapidinha” na Cidade do México ou em algum outro lugar? Foi tranquilo?

Me conta nos comentários porque eu estou sempre querendo saber mais sobre esses assuntos. 🙂

Sair da versão mobile