Reflexões: O DIA EM QUE EU CHOREI EM NY

Ontem, eu estava atrasada. Quer dizer, não estava atrasada para nada porque estou viajando – e relaxando.

Mas, minha barriga estava roncando e eu estava louca para achar um restaurante logo.

Só que no caminho – e esse meu caminho era por dentro do Central Park – havia um grupo de caras fazendo um show. Parei por um segundo para tirar uma foto, quando um dos caras veio até a mim, me puxou e me colocou no meio da apresentação. Oi?!

E aí, depois de perguntar meu nome, de onde eu era e a plateia aplaudir, ele disse que precisava checar minha energia antes do show começar e que eu deveria imitar tudo o que ele estava fazendo. Ele começou a dançar, rebolar, colocar o dedinho na boca…e eu também, lógico! 😀 #passandovergonhaemny

Depois disso, ele me posicionou no meio da roda, disse pra eu abaixar a cabeça e não me mexer, porque senão eu morreria. ACHO que ele estava brincando, mas fiquei com medo! hehehe

Porque o que ele viria a fazer depois, era simplesmente vir correndo e saltar SOBRE a minha cabeça. Fechei os olhos e só senti um ventinho passando por cima de mim. Depois desse número, ainda participei de mais um e quando acabou, agradeci por ter parado aquele segundo para tirar foto deles. Eu não sou do tipo que viaja SÓ para fotos. Eu quero participar e fazer parte da rotina daqueles que vivem ali. E aquele momento foi o máximo, tenso e muito divertido!

Mas, eu estava com fome, lembram? E antes de alcançar o objetivo de matar quem estava me matando, fui obrigada a parar outra vez.

Depois de andar mais um bocado e quase na saída do parque, vi um trio cantando, tocando e dançando sapateado. A música era linda, mas, na verdade, parei por causa da menina. Tão linda, com um vestido fofo, óculos moderno e as pernas saradas, sabe? Eu pensei que se quisesse ter aquele corpo, precisaria fazer sapateado também e urgentemente! 😀

Fiquei por um tempo observando eles e pensando em como tem gente talentosa nas ruas de Nova York. Em cada esquina tem alguém pronto a entreter as pessoas que passam e arrumar um dinheirinho. Muitos, inclusive, vivem disso. Também pensei em como no Brasil poderia ser igual, mas, normalmente, ninguém presta muita atenção nesses artistas de rua.

Quando eles deram um intervalo e eu aproveitei para levantar e ir – finalmente – para o meu almoço, uma garotinha de uns 3 anos chegou na moça perguntando se ela poderia dançar com eles também. A moça perguntou o nome dela, disse que “sim, claro que ela poderia participar do show” e elas engataram uma conversa sobre o quanto ela gostava de dançar. Mais alguns minutos e o grupo voltou a tocar, agora com uma nova, esforçada e passageira integrante.

E eu? Eu não aguentei e fiquei chorando por lá ao som da gaita.

*O título desse post poderia ser “Um dos dias em que chorei em NY”. Nova York ocupa um lugar especial no meu coração por vários motivos, mas seja em NY ou qualquer outro lugar que eu vá, estou sempre me emocionando com coisas bobas e situações cotidianas. Quando eu presencio alguma delas é quando sei que estou curtindo e aproveitando de verdade o lugar que estou visitando.

E você? Também é manteiga derretida como eu?

Se você tiver histórias pequeninas (mas, grandiosas) como essas para contar, não deixe de usar a caixinha de comentários abaixo. 🙂

1 comentário em “Reflexões: O DIA EM QUE EU CHOREI EM NY”

  1. Me lembrei do dia que eu chorei em NY, ouvindo Imagine no Strawberry Fields <3 meu coração enche de amor quando lembro disso e do quanto sou sortuda 🙂

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